sábado, 24 de setembro de 2011

Exposição na Casa do Artesão celebra aniversário de Amambai

 Uma exposição na Casa do Artesão de Amambai celebra o 63º aniversário do município, comemorado oficialmente no dia 28 de setembro.

A exposição Festival de Cores e Sabores acontece a partir deste sábado, 24, até o dia 30 de setembro. No local, estão expostos artesanatos, orquídeas e produtos culinários. 
Mais de 30 artesãos estão expondo seus trabalhos. Na exposição, são encontradas esculturas em argila, facas, panos de prato, Pat work, flores e arranjos artesanais, telas,cestos em palha, bonecas de pano, caixas   decorativas em MDF, chinelos e bordados, entre outros trabalhos.



A organização da exposição é da Fundesc (Fundação de Desporto e Cultura), através do artesão e presidente da Associação dos Artesãos de Amambai, Joel Vieira.
“A exposição está muito bonita, é uma das melhores que organizamos, principalmente no que se refere à qualidade dos trabalhos”, avalia Joel Vieira.








Orquídeas 
     
        e


 Produtos 


Culinários.


A Exposição de Orquídeas é uma parceria entre grupos de orquidófilos de Amambai e de Marechal Cândido Rondon, município do Estado do Paraná.

Os produtos culinários - pães, cucas, bolos e outros - são produzidos por grupo de mulheres da Igreja Luterana de Amambai.
A Casa do Artesão está localizada na rua Sete se Setembro, 3325, na região central de Amambai, em frente à escola municipal Dr. Rachid Saldanha Derzi.














Aexposição de artesanato acontece até o dia 30 e das orquídeas até dia 28. A entrada é gratuita. 
Maiores informações com Joel Vieira, pelo celular 9292.3281.
Fonte: http://www.amambainoticias.com.br/

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

DIA do ARTISTA de TEATRO

Artigo de Alessandra Lescano Tavares

19/08/2011 07h41

Nesta sexta-feira, 19, é comemorado o Dia do Teatro. E nada mais justo que uma atriz conte sua história e experiências diante dessa arte tão bela e tão pouco valorizada no Brasil. O Amambai Notícias convidou a atriz Alessandra Tavares para falar sobre sua profissão.
Eu não me lembro exatamente quando me despertou esta vontade em ser artista, mas me lembro que desde criança gostava de imitar as pessoas, até mesmo da família, o jeito de andar, de falar... e tudo com emoção. Eu ficava curiosa com as novelas, filmes e programas na televisão. O Teatro começou a me interessar muito na Escola, no ginásio ainda mais, com as aulas de interpretação de texto com a Professora Roseli, na Escola Fernando.
Eu não sei se é dom, mas no meu caso eu acredito que o desejo de interpretar esta no sangue, embora possa se manifestar mais cedo ou mais tarde em cada artista. No entanto, precisa ser burilado, pois é necessária muita disciplina, estudo, e perseverança.
É um barato poder atuar, contracenar, desenvolver um personagem. Hoje tenho 28 anos, e estou certa de que quero fazer isto para o resto da minha vida. Sou aquele tipo de atriz, e agora diretora (Estou dirigindo quatro espetáculos com os alunos da Oficina de Teatro de Amambai) que fica o processo todo de construção do personagem, procurando a profundidade e o frescor de um texto.
Nunca acho que esta pronto, nunca faço o personagem mecânico ou tecnicamente, nunca alcancei a certeza de um trabalho acabado. Sempre estou duvidando e pesquisando e isto é uma loucura! No teatro, se um ator desejar e o diretor for inteligente, o aprendizado esta sempre em desenvolvimento. Na verdade não existe esta ou aquela maneira de fazer corretamente, quando se esta no palco a emoção é tão grande que fazemos a nossa arte, que é espalhar emoção. Sou uma atriz intuitiva, intempestiva, emocional, que estudou para aprender algumas técnicas para conseguir domar tamanha emoção, para que não me sufocassem a ponto de sucumbir a elas, a ponto de perder o fôlego, o raciocínio, a voz, a noção do outro em cena, para continuar artista, sem morrer no palco ainda muito jovem.
Agora dirigindo, creio que sou muito mais uma transmissora de experiências do que encenadora. Sempre tenho o impulso de passar adiante aquilo que aprendi. Há um milhão de maneiras de se dizer a mesma frase, a mesma palavra, de se contar a mesma historia. Você pode experimentar todas durante uma temporada teatral, desde que com respeito a historia, a direção, e principalmente com os colegas de palco.

Alessandra ministra aulas de teatro no Centro Conviver de Amambai.
Depois de muitos testes e espetáculos amadores... Chegou à vez dos testes e espetáculos profissionais, ser uma jovem atriz que não esta na televisão, no Brasil, certamente para muitas pessoas é uma escolha de um caminho incerto e instável. Ser artista é difícil, no Brasil e em qualquer lugar do mundo. Desde os primeiros personagens, tive a sorte extraordinária de ser escalada para ser protagonista, para mim sempre é uma honrra, um orgulho. Tendo esta personalidade de protagonista, sofre-se um pouco, mas também tive acesso a muitas alegrias. Não me considero nenhum pouco, uma pessoa, ou uma artista egoísta. O ego precisa ser sacrificado muitas vezes para aprender a brilhar dividindo o espaço. Amo mais a arte em mim, do que eu mesma na arte.
O melhor é ter consciência de que estamos vivendo um mundo em que a competição é furiosa e que os artistas também estão expostos a este tipo de barbárie, e cabe a nós tentar melhorar a grosseria reinante com inteligência, conhecimento, doçura e paciência. Eu aprendi a produzir correr atrás de patrocínios e contatos, ouvir não, escrever os meus textos, montar minha equipe, colocar meu caminho no teatro, que é minha arte primordial e onde mais como artista eu aprendo. Minha formação também é em televisão e cinema, também temos de trabalhar em diferentes áreas criativas, aprender, ganhar dinheiro, e assim montar outras coisas. Apesar de todas as incertezas e dificuldades, ser atriz, ou artista do teatro, é o meu motor, minha prioridade máxima, minha vida, cada passo em direção ao palco, é um ato. É o que escolhi para a minha vida, ganhando, perdendo, aprendendo, amando, lutando.
Ser artista, aqui no Brasil, é ouvir muitos nãos com um sorriso no rosto, é estudar constantemente e continuar ignorante, é muitas vezes ter emprego, ao invés de trabalho, e ao mesmo tempo, junto a tudo isto ter um elenco de referencias, verdadeiros guerreiros, em cada uma das classes artísticas: no teatro, na música, no circo, na poesia, na dança, nas artes plásticas, no cinema e na televisão.
A impressão que eu tenho é que quem tenta ser um verdadeiro artista, o faz por algo muito semelhante à fé, por pura devoção e intusiasmo, por esta sensação de forte emoção e alegria cada vez que nos encontramos com a poesia destes ofícios que trabalhamos, para alcançar o outro em um gesto, em uma palavra, em um silêncio e principalmente por uma crença que não cala, de que o mundo poderá ir mais longe, as pessoas poderão ver mais além. Ser artista hoje para mim é sonhar em ver a verdade acontecer, é querer vida melhor neste planeta, mais beleza de pensamento ou simplesmente pensamento.
O meu tempo é de recriar, expandir a arte do teatro, e quem sabe formar futuros artistas, ou pelo menos ajudar a estimular estes talentos na minha cidade. Depois, sinceramente? Não sei! Precisamos inventar nossa existência, forçar nossa presença, pois ela não esta sendo exigida, precisamos estar invariavelmente, nos lembrando e a sociedade e ao estado da importância do que fazemos. Estarei sempre nesta luta.
Termino este artigo que fiz sempre na primeira pessoa, pois é a voz de uma artista quem esta dizendo, citando um trecho do texto O Mambembe, de Arthur Azevedo, que é dito pelo personagem Frazão:
"E levo esta vida há trinta anos! Pedindo hoje... Pagando amanhã... Tornando a pagar... Sacando sobre o futuro... Contando com o incerto... Com o gasto do ganho... Com as alternativas da fortuna... Sempre de boa fé, e sempre receoso de que duvidem de mim, por que sou ator, e ser ator vem condenado de longe. Mas por que persisto? Por que não fujo de levar meus personagens as costas? Perguntem as mariposas por que se queimam a luz... Perguntem aos cães por que não fogem quando avistam a carrocinha da prefeitura, mas não perguntem a um artista do teatro por que não é outra coisa se não artista do teatro... Isto é uma fatalidade que nos condena o nosso próprio temperamento. O jogador é infeliz por que joga? O fraco bebedor por que bebe?... Também isto é um vício terrível por que ninguém considera vicio e, por tanto é confiscável, não é uma vergonha, é uma profissão, uma profissão que absorve toda a atividade... Toda a energia... Todas as forças, e para quê? Qual o resultado de todo este afã? Chegar desamparado e paupérrimo a uma velhice cansada? Isto é ser artista no Brasil."
  • Alessandra é atriz e professora de teatro em Amambai
Fotos de arquivo/Alessandra Tavares

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Os “Ervateiros do raído”

“Caraí-ervateiro”
Homens rudes, mas forte em sua lida com a erva mate, “Os Ervateiros”...
Lutar pra sobreviver, uma sobrevivência de suor, sangue e lágrimas... Lágrimas que não querem cair, pois o que resta para a sua vida?...
É continuar mais um dia para quando chegar à noite poder descansar.
E nela se recuperar para um novo dia... Assim vai “Caraí-ervateiro”, audaz e forte, carregando seu “raído” (Expecie de fardo de erva mate pesando cerca de 250 kg) esperando seu dia chegar. Para descansar dessa vida que foi só sofrimento sem ao menos lhe dar, a chance de se alegrar... (Texto acima de: ©Joel Vieira com direito autoral)
Mas de onde vinham esses homens que formavam a massa  de trabalhadores miseravelmente explorada nos ervais desta imensa região?


                   Segundo Hélio Serejo:
  “foram com nativos errantes e paraguaios osos, por serem mais “agüentadores” da árdua lida nos ervais que formavam a frente de trabalho nessa tarefa de carregar o Raído”.
 Em jornadas das mais peripciosas”, velhos, moços e crianças, se embrenhavam na selva bruta enfrentando, o ambiente hostil.

E as ranchadas ervateiras, “o rancho ervateiro era a unidade básica da estrutura operacional, sendo estrategicamente localizado à margem de um rio para facilitar o escoamento da erva extraída”. “Dentro do rancho funcionavam os barbaquás, cancheados, almoxarifados, depósitos e demais unidades que compunham o sistema de elaboração da erva-mate”. Nele, ficavam também as habitações rudimentares que abrigavam os “peões dos ervais”.
 O ervateiro com sua foice ou facão cortava os galhos e ramos com bastante folhas.”.
“Do rancho ervateiro partiam os “minêros” (cortadores de erva; o ervateiro) para os ervais próximos, de onde retornavam com o raído (fardo de folhas que o ervateiro traz às costas), que seria pesado e anotado em caderneta”.
Ervateiro é o nome dado ao “Peão do erval” que trabalhava nas lavouras de erva-mate desta região. Já o nome “Raído” é dado ao feixe de erva-mate com cerca de 250 quilogramas que carregavam os “Peões do erval”.







Depois do corte era feito o “sapeco”, nome da ao processo de sapecar ou secagem dos galhos da erva-mate em fogo forte para evitar que as folhas ficassem enegrecidas e deteriorassem em contato com o ar após o corte. Depois dessa secagem preliminar, os galhos eram quebrados juntamente com as folhas. Então era feito a amarração dos vários tipos de ramos, (espécie de pré-secagem com fogo) formando um feixe e enrolado com uma lona e bem amarrado. Esse enorme fardo com cerca de 250 quilogramas era então levado ao “carijo” ou “barbaquá”.

O “carijo” ou “barbaquá” era uma grande armação de madeira roliças em formato de uma choupana onde se colocava a erva-mate no teto e fogo em outra extremidade para secar a uma temperatura de cerca de 100ºc, aí as folhas perdem totalmente a umidade, ficando bastante quebradiças e fácil de triturar.


Após esta fase a erva-mate era “cancheada” (triturada). A Cancha era uma espécie de moinho circular tocado a cavalo.



Neste processo de criação, preparação e montagem do “Raído”, a erva-mate, se caracterizou como nossa formação regional e cultural.




História viva conta que:
"Quando um Ervateiro se machucava, um ferimento grave que quebrava a coluna, era feito um sorteio entre os amigos para ver quem iria sacrificar o morimbundo", essa história eu ouví contar...
Por: Joel Vieira de Amambai MS

As fotos em preto e branco foram extraídas do orkut "Tunel do Tempo".
Fonte de pesquísa do texto: Google

Associação dos Artesãos de Amambai realiza Feirinha de Artesanato

11/08/2011 20h11 Site: Amambai Notícias
Fotos: Moreira Produções

Com o objetivo de promover a produção do artesanato local, a Associação dos Artesãos de Amambai está realizando todo o primeiro sábado de cada mês, data em que comércio está aberto o dia todo, uma Feirinha de Artesanato.
A iniciativa acontece na praça Cel. Valêncio de Brum, região central da cidade, no horário das 13 às 17h.

A primeira Feirinha realizada aconteceu no dia 6 deste mês e reuniu trabalhos de seis artesãos. As pessoas que passaram pela praça tiveram a oportunidade de adquirir e conhecer a variedade de trabalhos que são produzidos pelos artesãos amambaienses.
No local, foram expostos trabalhos confeccionados com tecido, lã, madeira, papel, argila, E.V.A. e outras matérias primas que são usadas pelos artesãos.
Os objetivos da feirinha são de divulgar e valorizar a arte feita pelos artesãos de Amambai, que geralmente expõem seus trabalhos na Casa do Artesão.
Para a artesã, Florência Mendonça Pissetti (Flora), 68, a feirinha é uma oportunidade para divulgar e comercializar os trabalhos. “É preciso que as pessoas se acostumem com a feirinha”, disse Flora.
Segundo o presidente da Associação, artesão Joel Vieira, retomar o projeto da Feirinha na praça é valorizar o trabalho de todos os que se dedicam a arte em Amambai.
A Associação se reúne na primeira terça-feira de cada mês, às 19 horas, na Casa do Artesão. Nessas oportunidades, são programadas e discutidas novas ideias de trabalhos e de incentivo ao artesão local.
“Gostaríamos que os artesãos que ainda não participam das reuniões que venham, pois será muito importante para todos a participação de cada um.”, convida o presidente da Associação, Joel Vieira.

Fonte: http://www.amambainoticias.com.br/

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Feirinha de artesanato em Amambai

 Feirinha de artesanato é realidade em Amambai/MS


A Associação dos Artesãos de Amambaí estará organizando a partir do dia 06 de agosto de 2011 uma feirinha de artesanato no calçadão da praça Cel. Valêncio de Brum  apartir das 13:00 horas com objetivo de valorizar os artesãos e integrar os mesmo no meio social. Esta feirinha acontecerá todo o primeiro sábado de cada mês aproveitando que o comércio estará aberto o dia todo. Estaremos vendendo artesanatos de vários tipos, E.V.A. , Arranjos de flores, crochê, Caixas de MDF, pinturas e outras novidades.
A Associação vem se reunindo todas as primeiras terças feira do mês as 19:00 horas na Casa do Artesão para programar e discutir novas idéias de trabalhos e incentivar o artista local.  Gostaríamos que os artesãos que ainda não participam das reuniões que venham, pois será muito importante para todos a participação de cada um.

Foto: Joel Vieira
Texto: Joel Vieira

Associação de artesãos se reúne e define novos trabalhos

10/07/2011 17h12

Artesãos associados à Associação dos Artesãos e Trabalhadores Manuais de Amambai realizaram uma reunião da categoria no dia 28, do mês passado, na Casa dos Artesãos, para definirem as novas metas de trabalho.


Artesãos associados à Associação dos Artesaos e Trabalhadores Manuais de Amambai realizaram uma reunião da categoria no dia 28, do mês passado, na Casa dos Artesões, para definirem as novas metas de trabalho.
Participaram da reunião 16 associados (a associação conta com 23 associados). Em pauta, o balanço do movimento em 2010, atualização das mensalidades e renovação das carteirinhas. “Passamos um período parados, sem atividades; agora queremos voltar aos trabalhos”, destacou o presidente, Joel Vieira.
Algumas decisões foram tomadas pelos artesões, a principal delas é a retorno da ‘feirinha do artesanato’, que desta vez acontecerá em todos os primeiros sábados de cada mês, a partir das 13h. A primeira feirinha acontece no dia 06 de agosto.
“Vamos aproveitar que o comércio fica aberto neste perídio”, prevê Joel.
Casa do Artesão
A Casa do Artesão conta com mais de 500 trabalhos artesanais de 48 artesãos. São pinturas em telas e tecidos, esculturas, lembranças, trabalhos manuais em MDF, além de tantas outras.
Voltada à valorização dos artistas locais, a Casa foi inaugurada em 1988, no local onde antes era o Fórum. Em 2007, a Casa foi totalmente reformada.

Foto: Sérgio da Luz
Fonte: Jornal Correio do Conesul - Amambai/MS


Artesão de Amambai conquista 1ª colocação em prêmio Estadual

  13/11/2020 Artesão produz esculturas e peças em argila desde a década de 80. Fotos: Divulgação Com a obra “O Ervateiro”, o artesão de ...