terça-feira, 22 de julho de 2014

História do comércio em Amambai - MS

Dia do Comerciante: histórias de ontem e de hoje em Amambai

Nery Viana Vieira e Vanderlei Oliveira Domingos falam sobre a função de comerciante em Amambai
Fonte: Da Redação
O comércio sempre foi um dos pontos altos do município de Amambai.
Dia do Comerciante é comemorado por empresários do comércio de Amambai / Foto: Moreira Produções
Amambai (MS) - Criado pela Lei nº 2048, de 26 de outubro de 1953, o Dia do Comerciante teve como base a data de nascimento do economista e político José Maria da Silva Lisboa, o Visconde de Cairu, patrono do comércio brasileiro.
O patrono do comércio brasileiro
José Maria da Silva Lisboa, baiano, de Salvador, foi deputado, senador e secretário da Fazenda Real. Economista por formação acadêmica, possuía também vasto conhecimento em outras áreas do saber. Recebeu o título de Patrono do Comércio do Brasil por suas iniciativas em prol do desenvolvimento das relações comerciais do país com outras nações.
O futuro Visconde de Cairu, foi o responsável pela obtenção de leis que beneficiaram o iniciante comércio brasileiro, na época totalmente dependente de Portugal. Sua ação ficou reconhecida com a assinatura da histórica Carta Régia, de 28 de janeiro de 1808. Por ela, D. João VI, aconselhado pelo Visconde, abriu os portos brasileiros ao comércio exterior.
Com o livre comércio, a estrutura colonial se rompeu, e a partir daí o comércio brasileiro começou a se desenvolver. Bons negócios passaram a ser feitos com outros países, gerando lucros para a nova Nação.
Nery Viana Vieira sua esposa e Elena.
Nery e Elena, proprietários da Eleviva, com duas filhas, Eclaine (D) e Neila. / Foto: Moreira Produções
Formalidade e informalidade
O comércio sempre foi um dos pontos altos da economia do município de Amambai, a diversificação de produtos atrai clientes de toda a região, mesmo sendo considerada uma cidade pequena. Comerciantes migram para cá para vender roupas, cosméticos e alimentos, principalmente.
Também há os vendedores ambulantes que se alojam esporádica, mas sistematicamente, por aqui e vendem suas mercadorias fora das normas, o que gera um incômodo ao comércio da cidade.
A tradição
O comerciante Nery Viana Vieira, proprietário da loja Eleviva e que há 60 anos trabalha neste ramo, hoje vendendo utilitários de construções e elétrica, conta que em todo esse tempo ainda não encontrou dificuldades no ofício.
Segundo ele, seu comércio começou em 1955, na cidade de Paranhos, onde tinha um varejo de secos e molhados. Seus negócios mudaram com o tempo, passando por móveis e eletrodomésticos até a primeira representação da Ultragás em Amambai, cidade para onde se mudou em 1959.
Nery contou que seus filhos foram criados com o dinheiro vindo de seu comércio e que dois dos sete que teve com sua esposa Elena, continuaram por um período em sua profissão.
Primeira nota promissória assinada por Nery no comércio / Foto: Moreira Produções
“Me mudei para cá logo cedo, era uma cidade polo apesar do comércio principal ser em Ponta Porã, por fazer parte da estrada de ferro Noroeste. Amambai era apenas um areião e os gaúchos vinham plantar arroz e trigo”, conta ele.
Sua esposa Elena conta que sempre houve concorrência e que um dos maiores benefícios sempre foi o contato com a população. “As vendas eram boas lá, assim como aqui em Amambai, tivemos filhos e precisávamos de mais recurso, então mudamos para cá”, contou ela.
Uma das filhas do casal, Neila, relembra a época de infância e conta que alguns dos momentos mais divertidos de sua vida aconteciam no final de ano quando tinham de fazer o balanço das mercadorias. “Todos nos reuníamos e contávamos tudo que foi vendido e não vendido, a gente aprendeu a contar de cabeça e a se comunicar bem, além da organização”, disse ele.
O comércio Eleviva está localizado na avenida Pedro Manvailer, próximo a praça Coronel Valêncio de Brum.
Vanderlei e Sônia.
O jovem empreendedor
Outro comerciante, Vanderlei Oliveira Domingos, proprietário do Mercado Ideal, inaugurado no dia 8 de março deste ano, é um dos novos empreendedores no ramo do município. Ele e sua esposa Sônia trabalhavam no Supermercado Ki-Carne até conseguirem o empréstimo para construir seu mercado.
Roupas, calçados, sorvete, pão, bugigangas, materiais de escritório, de higiene e de limpeza, entre outros itens, são vendidos no local. Outro adicional, e também um diferencial, no empreendimento é a venda de verduras que são plantadas dentro de sua horta, que ocupa cerca de um terço da quadra onde mora.
“O movimento nunca para, o local é bom, começo a limpar aqui de manhã é só termino a tarde”, conta Sônia. O financiamento foi feito na Caixa e o prédio conta hoje com uma área de 87 m².
Um diferencial é a venda de verduras que são plantadas na horta do casal.
Mercado Ideal, na vila Mangay / Foto: Moreira Produções
Vanderlei conta que a parte mais difícil na abertura de seu comércio foi o processo burocrático. “Foram dias difíceis, alguns deles nem voltava para casa durante o horário de almoço”, acrescenta ele.
Eles contam que o mercado já rendeu três vezes mais do que esperavam e que até mesmo um funcionário terá que ser contratado para atender a demanda. “Não existe muitas dificuldades, tem com os impostos que são altos, sobra pouco, mas dá para viver”, explica Vanderlei.
Como meta para o Mercado, Vanderlei conta que está a ampliação e melhoria da instalação. “O local já ficou pequeno, teremos que aumentar para colocar produtos novos”, diz ele.
Para os futuros microempresários, Vanderlei e Sônia aconselham ter garra, enfiar a cara e não desistir.

Fonte; www.amambainoticias.com.br

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